Dados da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, mostram que, desde o início da pandemia do coronavírus, as tentativas de golpes financeiros contra idosos aumentaram cerca de 60 por cento. A maior parte dessas ações incluiu o pedido para que os correntistas mais velhos fornecessem dados pessoais e senhas para estelionatários. 62m60
Também cresceram o envio de e-mails com links falsos e o chamado “golpe do motoboy”, no qual após um falso contato telefônico do banco relatando a clonagem do cartão do cliente, um motoqueiro vai até a casa da pessoa e recolhe o cartão.
Para tentar diminuir a incidência dessas armadilhas contra os idosos, um projeto de lei (PL 3923/20) cria a Campanha Nacional de Orientação e Combate aos Golpes Financeiros e à Violência Patrimonial. A ideia é evitar a exploração dos recursos financeiros da população em idade mais avançada por parte de familiares e conhecidos.
O projeto foca na apropriação de bens ou dinheiro e na istração fraudulenta de benefícios previdenciários, contas correntes, aplicações bancárias ou cartões de crédito. Também quer esclarecer a população idosa sobre o perigo da adesão a empréstimos, investimentos e cartões sem informações claras, conhecimento das regras contratuais e muitas vezes até sem o consentimento do correntista.
Atuante na defesa das pessoas idosas e com deficiência, o autor da proposição é o deputado Ricardo Silva (PSB-SP), do PSB de São Paulo. Ele cita outras propostas feitas para proteger a parcela da população com mais idade.
“Projeto que estabelece pena maior para crime de desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento também do idoso; aquele que trata de induzimento de outorga de procuração por idosos; que estabelece a aplicação da pena em dobro quando o crime de apropriação indébita for praticado contra idoso; e também o projeto que dobra a pena de quem cometer o crime de abuso de incapaz quando a vítima também for idosa”
A proposta que cria a campanha de combate a golpes contra idosos prevê ações de conscientização em meios de comunicação de massa e na internet, divulgando a existência de órgãos de defesa da população mais velha e de canais disponíveis para denúncias.
As informações são da Rádio Câmara, de Brasília